A 9ª Sessão Ordinária realizada pela Câmara de Vereadores de Porto União, na noite de terça-feira, 11 de abril, entrou para a história, de uma forma que não gostaríamos que tivesse acontecido. Pela primeira vez no município – que está prestes a completar 100 anos, um cadeirante, tomou posse como vereador, e todos sabem que o plenário da Câmara, está situado no segundo andar do prédio da Estação Central, que pertence a antiga Rede Ferroviária Federal, e o acesso ao segundo pavimento, se dá, por meio de uma escada, íngreme, estreita e com curvas, com acessibilidade zero. Preocupado com a situação, determinei que dois funcionários do legislativo, ficassem responsáveis para conduzir o vereador Cesar Augusto, até o plenário, com total segurança, enquanto durar o seu mandato.  È oportuno lembrar, que a Câmara de Vereadores, mudou-se para o prédio da Estação Central da Rede, no ano de 1999, pois, funcionava anteriormente, ao lado da Prefeitura, e não oferecia mais as mínimas condições de trabalho, devido a sua total falta de estrutura. È oportuno lembrar também, que no ano de 2007, quando presidi esse legislativo, já preocupado com a falta de acessibilidade ao plenário dessa Casa, comprei quatro terrenos localizados no Bairro Santa Rosa, para dar início a construção da sede própria da Câmara Municipal, tendo inclusive, providenciado todos os projetos necessários para a obra, que nunca aconteceu. O meu mandato na presidência se encerrou, e na sequência, os novos presidentes, não deram continuidade ao desejo de se construir a tão sonhada sede própria, e o terreno foi doado para a Prefeitura. È constrangedor para nós, que em pleno século XXI, termos que vivenciar essa situação, mas, é preciso destacar, que muitos prédios públicos e privados, não possuem rampas, nem elevadores, para o acesso de pessoas com deficiência física, sem falar, nas calçadas,   que são verdadeiras armadilhas para essas pessoas, em discordância com os artigos 227 e 244, da Constituição Federal de 1988, que determina o acesso adequado aos portadores de deficiência física. Esses acessos não devem ser tratados como um favor, pois, essas pessoas, assim como as demais, contribuem para a sociedade, através de recolhimento de tributos, direto, ou indiretos. A acessibilidade plena, é condição especial para o verdadeiro exercício da cidadania, e será fundamental, que toda a sociedade organizada – juntamente, com esse parlamento, entre nesse debate, colaborando para que, Porto União, que está prestes a completar 100 anos de emancipação política/ administrativa, possa continuar a ser verdadeiramente, uma cidade amiga, acolhedora, e mais humana para todos nós.

Luiz Alberto Pasqualin

Presidente do Poder Legislativo Municipal

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